Ontem tive de almoçar bem mais cedo e no restaurante onde estava, estava a passar o programa Fátima na televisão, nomeadamente a rúbrica Tertúlia Cor de Rosa. Já não me lembrava da pobreza franciscana que aquilo é. Discutia-se se a ex-mulher do Deco (uma tal de Jaciara) pode ou não voltar às festas depois da separação e porque está a Princesa Letizia de Espanha magra.
Tirando as pessoas com vidas vazias, as pessoas com humor mórbido (sim porque assistir a estes comentadores tristes é um espetáculo cómico sinistro) e os pobres de espírito, não sei quem tem coragem de ficar a ouvir um chorrilho de barbaridades debitadas como se tratassem de verdades científicas ou de tratados filosóficos.
Portanto, temos uma Miss de 1900 e carqueja (Ana Maria Lucas), uma taróloga especialista na adivinhação do óbvio e na ilação de superficialidades (Maya), a parte masculina do Nelo e Idália a somatizar o mal que lida com a sua sexualidade nos ataques que faz aos outros (Cláudio Ramos) e um cantor de kuduro com um aspecto bastante mole, a dizer redundâncias (Daniel Nascimento).
Para falar da vida alheia e dizer banalidades mais valia que dessem tempo de antena às senhoras que frequentam o Supermercado da D. Augusta. Ao menos essas não se levam a sério e não são equivocadas ao ponto de pensar que dizem alguma coisa de importante.
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