quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Conselho Nacional de Educação ou Conselho para a Não Educação?

O CNE (não sabemos muito bem o que designa a sigla) propôs o fim dos chumbos para alunos até aos 12 anos. Segundo eles, em alternativa ao chumbo deviam-se criar medidas eficazes de apoio, como intervenções aos primeiros sinais de dificuldades e estratégias de diferenciação pedagógica. Parece que esta excelente ideia nem é deles, mas sim uma recomendação da OCDE e nos resultados obtidos com uma política idêntica na Finlândia.

O Lusitânia Insólita soube (por fontes não confirmadas) que os elementos que compõem o CNE também foram cobaias deste sistema, mas em vez de serem até aos 12 anos, foram durante todo o percurso académico. Uma ideia deste calibre só pode vir mesmo de pessoas com estudos e sem nunca terem reprovado. Como é que ainda não tínhamos visto isto antes? Talvez por termos frequentado o sistema de ensino normal, onde o chumbo era uma possibilidade.

Mas como queremos sempre aprender, fizemos algumas questões aos senhores doutores sem chumbos, as quais estão a ser analisadas por eles e, logo que possível, nos farão chegar as respectivas respostas. Como não correm o risco de chumbar podem não responder, pelo que achámos melhor divulgar já as questões feitas:

1. Porque é que é necessário retirar os chumbos até aos 12 anos para, e citamos, «criar medidas eficazes de apoio, como intervenções aos primeiros sinais de dificuldades e estratégias de diferenciação pedagógica»? Isso não pode ser feito com o sistema existente?

2. Acha que existem diferenças culturais entre os "Fino-Escandinávios" e os lusitanos? [Esta pergunta é fácil... ou será que não?]

3. Podia nomear alguns, só alguns, traços culturais e sociais comuns aos dois países que garantam que o modelo possa ser implementado cá, com os mesmos resultados?

4. Se um relatório da OCDE dissesse que Portugal ficaria melhor sem as recomendações do CNE, vocês demitiam-se?

5. Vocês drogam-se ou são Finlandeses?

Assim que nos fizerem chegar as respostas, publicaremos.

Sem comentários: